Método: Este relato de caso foi feito através de revisão de prontuários e fotografias durante o tratamento. O estudo foi realizado com consentimento do paciente.
Resultados/Discussão: Mulher de 64 anos, obesa, apresentava úlceras bilaterais nas pernas há cerca de 30 anos, notáveis pela natureza circunferencial, bordas irregulares, base granulada e exsudato amarelado. A úlcera esquerda apresentava ilhas difusas de fibrina, odor fétido, bordas mal definidas, levemente ceratóticas e área perilesional edematosa, desidratada, frágil e descamativa. A úlcera direita menor apresentava características semelhantes, incluindo bordas irregulares, base granulada e exsudato excessivo amarelado/esverdeado. Apesar dos curativos caseiros, ambas as úlceras persistiram, apresentando características ceratóticas. A ultrassonografia Doppler demonstrou refluxo e dilatação das veias safenas. Foi administrada escleroterapia com espuma densa de polidocanol, resultando em melhora parcial da úlcera. O procedimento, que envolve a injeção direta de espuma densa nas veias afetadas, reduziu com sucesso a pressão e aumentou o fluxo sanguíneo nas áreas ulceradas. Esta intervenção contribuiu significativamente para a melhoria das úlceras, indicando uma resposta positiva ao tratamento.
Conclusão: Este caso destaca o papel crucial da escleroterapia na cicatrização de úlceras venosas. O procedimento induz inflamação, fazendo com que as veias danificadas se fechem e redirecionem o fluxo sanguíneo, conhecido como esclerose. Isto reduz a pressão, melhora a circulação, acelera a cicatrização, minimiza o inchaço e promove a regeneração do tecido cutâneo, levando a resultados positivos para úlceras venosas.
Trabalho 05 apresentado no EWMA 2024